sexta-feira, 17 de maio de 2013

O inverno sem fim


Esta história relata uma cidade que talvez nunca tenha existido. Pequena, isolada, cercada por montanhas e coberta por um manto cinzento, talvez causado pela neblina densa que toma conta da cidade no inverno.
Não se sabe muito sobre ela, e o que se sabe foi contado por pessoas de várias localidades, passando de pessoa a pessoa, e assim sucessivamente... O lugar cheirava a solidão e melancolia e exibia em algumas placas semi apagadas ou deterioradas o nome “Gloomy City”... Provavelmente o nome do lugar. Nela havia alguns lugares, como um parque de diversões que vez em quando se ouviam risos de crianças, por mais que o parque estivesse abandonado, o museu com sua maçaneta quebrada e suas paredes gastas que mais parecia com uma casa mal assombrada, um colégio que só poderia ser acessado através de uma ponte e um terreno abandonado com algumas casas que despertava a curiosidade de algumas pessoas.
Apesar de seus casos intrigantes e até perturbadores, a questão que mais incomodava era o clima frio e sombrio do inverno constante. Por que os raios de sol não apareciam mais na Gloomy City? Há histórias que dizem que houve tempos em que o sol a visitava... Mas, isso nunca fora comprovado por ninguém. Voltando as ruas nebulosas, a cidade não estava totalmente só, havia seus instantes sociáveis, onde em alguns lugares se viam vultos e corpos transitando continuamente, atravessando ruas, dobrando esquinas, entrando em casas. Talvez fossem realmente pessoas ou não, o que havia de exato era o sino que tocava exatamente as 18h e então, não se via mais ninguém nas ruas e uma capa de terror e silêncio reinava sobre o lugar novamente, a única coisa viva era a magnânima árvore “Sakura” que ficava ao lado da igreja, onde ficava o sino que poderia ser visto de qualquer parte da cidade que nunca existiu, de nome “Gloomy City”.

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